segunda-feira, 29 de junho de 2015

BOAS-VINDAS

Está a chegar o próximo encontro dos Antigos Estudantes e Amigos do Cubal.

Faz precisamente 40 anos, que entre 17 de Julho de 1975 e 3 de Novembro, desse mesmo ano, se deu a derrocada imparável da sociedade angolana, tal como um navio a afundar-se, estava condenada à destruição e à ruína. Em escassos meses, mais de trezentos mil “retornados”, são obrigados a largar tudo e a fugir, embarcando numa ponte aérea e marítima que marca o maior êxodo da história dos portugueses. Para trás deixaram os seus amigos, os seus amores, as suas fazendas, as suas lojas, as suas casas, os seus carros e até os seus animais de estimação e também deixaram um rastilho aceso que acabaria por abalar toda a África Austral. O preço para o povo angolano dessa luta fratricida, sem quartel, foi muito elevado, para no fim não existirem vencedores. 

Afinal todos perderam…

Há 40 anos quando chegamos de Angola, pensem bem, eu, José Lemos, tinha 26 aninhos e os meus “velhotes” 46. Como é possível ter nesta altura do campeonato, um filho com a idade dos meus pais? Este raciocínio até parece um paradoxo do tipo Epiménides. Curioso!... Como não me apercebi da velocidade alucinante do tempo? Esta verdade nua e crua, do decorrer da vida, com a qual nos defrontamos permanentemente, é irreversível e imparável, e para mal dos nossos pecados, é limitada, e quando chegarmos à meta, ali já ao virar da esquina, aguarda-nos uma agência de viagens que nos irá oferecer um bilhete de ida, sem regresso, para uma “jornada de luz” em direcção ao infinito. 

Mas enquanto espero com paciência por esse futuro inevitável do além, mas indesejável, provavelmente de trevas, vou pregar-lhe uma “finta” e rumar ao passado. 

No arquivo geral da minha memória, clico ao acaso num qualquer ficheiro e ao abri-lo, vislumbro um conteúdo da adolescência com mais de cinquenta anos de existência, tendo como pano de fundo os dois clubes, o da Vila e o do Ferrovia. O nome destas duas instituições é sinónimo de grandes farras com conjuntos musicais e bailarico e sobretudo o que muito me deleitava, assistir a projecção de filmes. Quanto a estes, recordo as famosas películas cinematográficas de “Westerns” e algumas deixaram marcas indeléveis, caso de Shane, Rio Bravo, Os Profissionais, Por um Punhado de Dólares, Os Sete Magníficos, Cinco Anos Depois. Lembro-me deste último, cuja acção decorre próximo da fronteira dos Estados Unidos com o México e o resultado é singular e importante. «One-Eyed Jacks» põe Marlon Brando frente a frente a um velho cúmplice de assaltos que o traíra, Karl Malden, feito sheriff de uma cidade onde o primeiro o vai encontrar cinco anos depois de ter sido preso. 

Na época, ao analisar uma história deste género, com uma ponte de cinco anos, a nossa “tola” entrava em órbita, tal o grau de perplexidade que a envolvia, era muito tempo, era areia a mais. Claro, significava pouco menos de metade da nossa curta existência!

Afinal tudo é relativo, como diria Albert Einstein. Esse minúsculo espaço de tempo não passava de um sopro… 

Na verdade tens uma oportunidade excelente de no dia 3 de Outubro reencontrares colegas que já não os vês, não há cinco anos, nem tão pouco há vinte, mas há quarenta ou mais anos. Prepara-te para momentos inacreditáveis e irrepetíveis no resto da nossa existência. 

Mas… Alguém pergunta:

“O que é que é preciso fazer para experimentar uma oportunidade, como esta, com tanta emoção”?

Muito simples, respondo!

“Apenas e só, inscrever-te no próximo Encontro dos Antigos Estudantes e Amigos do Cubal. De outro modo, não adianta depois chorares sobre o leite derramado”.

Agendado para o dia 3 de Outubro de 2015, na Figueira da Foz, promete ser inovador para os participantes e espera congregar muitos daqueles que foram companheiros de caminhada, de carteira, de trabalho e de aventuras, visando sobretudo o reforço das suas ligações.

A Organização do Evento, pretende proporcionar agradáveis momentos de convívio e como é óbvio, gostaria de poder contar com a tua presença.

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